HARMONIA E EVOLUÇÃO - quesito de trabalho conjunto

04/04/2013 15:42

 

 

Um quesito de grande relevância nos desfiles de carnaval é quanto à harmonia e à evolução, apresentados pela escola.

A harmonia é a forma como os integrantes da escola desfilam, considerando se há entrosamento ou não dos mesmos com o ritmo e o canto do samba de enredo.

Os componentes da escola devem cantar o samba no mesmo tempo que o puxador, a voz principal durante o desfile.

A totalidade da voz cantada pela escola durante a apresentação também é elemento considerado para a avaliação da harmonia, ou seja, o grupo precisa cantar em uma única voz.

Os ensaios desse quesito voltam-se para que ninguém atravesse o samba, ou seja, que não cante fora do compasso da bateria, o que leva a perda de pontos.

Os jurados não consideram como problema uma pane no carro de som, mas para isso é necessário que o grupo esteja coeso, sinta-se motivado, mesmo sem a voz principal, fazendo do canto dos integrantes e da batucada da bateria o elemento mais animador do espetáculo.

A Evolução é a forma como a dança é apresentada, bem como sua progressão na avenida durante o desfile.

Os passos dos integrantes devem estar no ritmo, sendo efetuados na mesma cadência da bateria.

Durante a apresentação, a escola deve desfilar evoluindo tranquilamente, sem correrias ou retrocessos, o que prejudicam a sua pontuação. Para isso, é necessário que aconteçam ensaios prevendo o tempo de duração da escola na avenida, para que tudo saia perfeito. No Rio de Janeiro, o tempo estimado é de uma hora e vinte minutos; e em São Paulo, de uma hora e cinco minutos.

Às vezes podemos presenciar escolas correndo com as alas, para não estourarem no tempo da apresentação, o que causa perda de pontos; ou então, alas e destaques parados no lugar, segurando o tempo, o que também prejudica a pontuação.

A evolução deve ser marcada pela criatividade, empolgação e vibração dos componentes da escola, que devem ter cuidado para não acontecerem espaçamentos relevantes, mais conhecidos como buracos, que prejudicam a visão panorâmica de quem assiste ao espetáculo. Os buracos, bem como os bolos de integrantes, devem ser evitados tanto nas alas como nas alegorias.

Os passistas devem ficar ligados, pois misturar uma ala com a outra também ocasiona a perda de pontos. A integração de uma ala com a outra tira a beleza, perdendo a separação feita pelas diferentes cores.

Algumas alas possuem os espaçamentos, mas de forma natural: a comissão de frente, mestre-sala e porta-bandeira, além das coreografias especiais.

Os buracos no recuo da bateria também são normais, pois a ala subsequente não pode adiantar enquanto a bateria não estiver totalmente acuada.